sábado, 7 de dezembro de 2013

COMO A “GLOBO” MATA A CIDADE DO RJ QUE LHE DEU TUDO…


Por Fernando Brito

“Responda rápido, meu caro amigo e minha distinta leitora: se uma pessoa conhecida sugerisse viajarem a New Orleans, para ver aquele “Mardi Gras”, você teria medo de andar por lá?

E se fosse chamado para um curso profissional em Detroit?

Pois fique sabendo que todas elas têm índices de assassinatos por habitante no mínimo o dobro dos do Rio de Janeiro, embora o número de mortes violentas, aqui, esteja muito longe de poder ser considerável aceitável: 24 mortes por grupo de 100 mil habitantes;

Segundo o site “Business Insider” publicou semana passada, ela não está entre as 50 cidades mais violentas – que não considera os países sob ocupação militar ou em guerra. Há quinze cidades brasileiras na lista – inclusive as insuspeitas Curitiba e Brasília – e cinco norte-americanas.

Pensei nisso hoje, quando vi na televisão a festa que fizeram para a argentina Nadia Panis, considerada a turista número 6 milhões a desembarcar no Brasil este ano. Um recorde, se considerados os números inferiores a 5 milhões nos anos da década passada, mas ridículo se comparado a países com muito menos quantidade de atrativos, como a Espanha, que recebe mais que isso em um único mês.

É melhor nem calcular quantos bilhões de dólares o Brasil deixa de ganhar com isso – o Rio tem 30% do turismo de lazer do país.
Sou testemunha do processo de terror nacional e internacional que se desenvolveu a respeito do Rio de Janeiro, por razões políticas – com o ódio a Brizola, sobretudo – pelo império “Globo”.

Com sede aqui, beneficiária das tradições culturais cariocas, de onde recolheu grande parte dos talentos que a fizeram, a “Globo” sempre detestou o Rio de Janeiro, pelo inconformismo de seu povo.

Quando meu filho – hoje um carioca muito bem recebido em São Paulo, onde vive, trabalha e vai me dar um neto paulistano – convidava seus amigos adolescentes para virem ao Rio, eu ficava tempos conversando com os pais, tranquilizando-os que os filhos não viriam para o meio de um tiroteio, que o Rio não era uma praça de guerra e que a violência aqui era mais exibida que a de São Paulo, por conta de a cidade misturar mais pobreza e riqueza e, sobretudo, porque era assim que a televisão fazia.

É obvio que os problemas são graves e se agravam ainda mais com o coro do desejo de repressão brutal, que exacerba um dos maiores componentes da violência urbana, que é o despreparo e a brutalidade das ações policiais. Os “agentes da lei” que violam a própria, que praticam a tortura e o homicídio como métodos de repressão e “investigação” – como fizeram ao pedreiro Amarildo, na Rocinha – são, também eles, frutos do discurso de “guerra” que a mídia passou a exigir do Estado e de seus governantes.

Três deles, os mais fracos de caráter, cederam ao discurso belicista em troca de serem os “queridinhos da ‘Globo’”.

Não é preciso dizer o que Moreira Franco, Marcelo Allencar e Sérgio Cabral se tornaram.

A “Globo” os chupou, espremeu e atirou fora como bagaços.

No fundo, gostaria de fazer o mesmo com o Rio e os cariocas.”

FONTE: escrito por Fernando Brito em seu blog “Tijolaço” (http://tijolaco.com.br/blog/?p=10954).

Um comentário:

Unknown disse...

O Cabral tem um projeto em constução de segurança. As pessoas tem que ser mais pacientes, mas isso é herança de outros governos que nunca fizeram nada e a paciência do povo só foi acabando.