Li hoje no site “Conversa Afiada”, do jornalista Paulo Henrique Amorim:
“Quando o deputado Raul Jungmann perguntou se o delegado Protógenes tinha investigado a ministra Dilma, Protógenes invocou o sigilo da investigação e se recusou a responder. Na mesma resposta Protógenes disse que não investigou Lulinha, o filho do presidente Lula.
. Numa outra pergunta, Protógenes explicou que tinha entendimento mal a pergunta de Jungmann e que agora poderia afirmar de forma categórica: ele não investigou a ministra Dilma Rousseff.
. Como diz a ministra Dilma Rousseff ao se referir à fraude da Folha, a negativa de Protógenes foi “peremptória”.
. O PiG (*) e seus autofalantes na internet tenta desqualificar Protógenes e encarcerar Dilma.
. É o minueto de sempre.
. Na verdade, embora Protógenes não tenha dito isso, o que acontece é o seguinte: Dilma falou ao telefone ou seu nome apareceu em telefonemas de suspeitos grampeados por Protógenes com autorização judicial. O investigado não era a ministra Dilma, mas com quem ela conversou, ou aquele que a ela se referiu.
. O que não exime a ministra Dilma Rousseff de participar da patranha da BrOi, mas, sobre a BrOi, o PiG, cúmplice, não abre o bico.
. Os debates na CPI dos Grampos, que desmoralizaram seu presidente, o serrista Marcelo Lunus Itagiba, mostram o interesse de alguns deputados, como Wanderley Macris, do PSDB de São Paulo, sobre a Operação Chacal, que resultou no indiciamento de Daniel Dantas por escuta ilegal e formação de quadrilha.
. Quem quiser apurar o que se sabe sobre as atividades de Dantas no âmbito da Operação Chacal é simples.
. Basta perguntar à Desembargadora Cecília Mello, que travou a investigação e acabou por devolvê-la à primeira instãncia, onde deverá jazer por séculos e séculos, até prescrever.
. Quem quiser saber mais sobre Dantas e a Kroll é só pedir as 250 caixas de documentos que estão na Brasil Telecom, enviados pela Kroll americana, a mando da Justiça americana.
. Também é só pedir documentos obtidos pelo delegado Disney Rosetti, que examinou esse material, ao investigar a “reportagem” de Veja, de autoria de Marcio Aith e Daniel Dantas, com as contas secretas do presidente Lula.
. É fácil – se alguém quiser pegar o Dantas…
. Outra constatação interessante: a operação da Policia Federal, hoje, simultaneamente à audiência de Protógenes Queiroz, deve ter atrapalhado alguns membros da Bancada Dantas no Congresso. É o que se percebe por alguns comportamentos visivelmente desordenados.
. Outra coisa: Protógenes deixou claro: nem Lulinha nem Dilma Rousseff foram objeto de investigação da Satiagraha.
. Outra denúncia de Protógenes foi que ele percebeu que ao investigar o áudio do grampo informações da Operação Satiagraha foram compartilhadas, de forma ilegal, pelo delegado Amaro, que tenta colocar Protógenes Queiroz na cadeia por causa de um suposto vazamento para o repórter César Tralli, da TV Globo.
. O testemunho de Protógenes leva a crer que se a PF for investigar contrabando de muambeiro em Foz do Iguaçu, vai tentar botar Protógenes Queiroz na cadeia. Vale tudo
. O delegado Protógenes Queiroz revelou que o Tribunal Regional Federal do Distrito Federal lhe deu acesso à investigação sobre o áudio ainda inexistente do grampo do presidente do Supremo, Gilmar Dantas, segundo Ricardo Noblat. A investigação, porém, tem mais dados sobre o delegado Protógenes Queiroz do que sobre a captação clandestina de vozes de duas pessoas, entre elas o presidente do Supremo Tribunal Federal.
Protógenes informa que a investigação não encontrou o áudio do grampo.
. Protógenes Queroz revelou que como desdobramento da Operação Chacal se soube que, nos Estados Unidos, Daniel Dantas, a quem ele só se refere como banqueiro condenado, fechou um negócio de nome “acordo guarda-chuva” para usar dinheiro dos fundos de pensão e participar dos processos de privatização no Brasil e, inclusive, na transposição das águas do Rio São Francisco.
.Protógenes não mencionou o ministro Mangabeira Unger, mas quem fechou o acordo com Dantas e o Citi foi ele, o ministro do governo Lula.
.O deputado Chico Alencar, a grande revelação desta sessão, demonstrou que a tentativa de Itagiba de exibir um power point, que deu pau, era uma forma coagir a testemunha.
. Chico Alencar lembra que sócio de Dantas financiou campanha de Itagiba.
. Protógenes desmoralizou Lunus Itagiba ao demonstrar que a CPI tentava incriminá-lo apesar de decisão da Justiça e em questões que fugiam ao objetivo da CPI. Queiroz desnudou os objetivos espúrios de Itagiba.
. Protógenes Queiroz se recusou a responder perguntas sobre se Dilma Rousseff foi investigada e disse que o filho de Lula não foi investigado. Protógenes se recusa a olhar para Itagiba.
. Protógenes lembra em cada resposta que o objeto da CPI é a interceptação telefônica.
. O ínclito delegado Protógenes Queiroz se recusou a responder perguntas de Marcelo Lunus Itagiba que já estavam cobertas por decisão do Tribuinal Regional Federal de São Paulo ou perguntas que fugissem ao escopo da CPI, ou seja, a interceptação telefônica.
. Protógenes Queiroz não tomou conhecimenbto das provocações do presidente da CPI e ignorou-as, referindo-se também a depoimento que deu antes à mesma comissão.
. Protógenes Queiroz se refere a Daniel Dantas como o banqueiro condenado.
. Os senadores José Nery (PSOL/PA) e Pedro Simon (PMDB/RS) estão presentes.
. Protógenes lembra que Justiça já aprovou apoio da Abin à PF.
. O delegado Prótogenes iniciou sua exposição ao lembrar que a Justiça Federal de São Paulo e o Supremo já consideraram que é legal o compartilhamento de dados entre a PF e a ABIN
. O deputado Marcelo Lunus Itagiba, presidente da CPI dos amigos de Dantas, fez uma exposição para convencer o ínclito delegado Protógenes Queiroz dissesse coisas que pudessem incrimina-lo.
. O deputado Biscaia levou o presidente Lunus Itagiba a admitir que Protógenes está ali como testemunha e não como réu.
. Ao abrir o trabalho da CPI dos grampos, o deputado Chico Alencar (PSOL/RJ) manifestou a sua perplexidade diante da possibilidade de Daniel Dantas não depor na CPI.
A sessão continua.
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.”
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