Por
Fernando Brito
“Não havia, infelizmente, nenhum exagero retórico
quando escrevi aqui, há duas semanas, que o Brasil, 124 anos depois do
gesto do Marechal Deodoro da Fonseca, ainda não era uma República, onde todos
são iguais perante a lei.
A matéria publicada pelo [portal] “Viomundo” – reproduzida
aqui pelo Miguel do Rosário – é a prova de que a lei, no Brasil, tem uma exceção.
Essa exceção é Sua Majestade, as Organizações
Globo.
Lê-se ali que, de todas as empresas que tiveram os
processos adulterados ou surrupiados pela servidora da Receita condenada a
quatro anos e onze meses de cadeia por corrupção administrativa, apenas uma não
está sofrendo ação penal: a “Globo”.
Justamente a que, dentre elas, apresentava o maior
valor sonegado ao Fisco, isto é, ao povo brasileiro.
Sua Majestade é inimputável.
Todos tremem como varas verdes diante dela, a
começar pelo arrogante Ministério Público Federal [PGR Roberto Gurgel], que não
se pejou de divulgar uma nota balbuciante, onde só mostrou “desolação” com a revelação
do golpe de sonegação milionário.
Foram precisos sete anos e a intervenção de outra
regional – a do Distrito Federal – para que resolvessem “abrir uma
investigação” sobre o caso.
E olhe lá se não “pro-forma”, como fez a “Folha” ao
publicar, sem qualquer apuração que fosse além do que os blogs já haviam
noticiado, a condenação de Cristina Maris Meirick Ribeiro pelo sumiço do
processo.
A mídia brasileira é, em ponto muito maior, o mesmo
que a servidora-surrupiadora dos papéis da Receita.
Surrupia do conhecimento público o que fez a “Globo”.
Faz com a verdade o que a “Globo” faz com os
impostos.
Sonega.”
FONTE: escrito por Fernando
Brito em seu blog “Tijolaço” (http://www.tijolaco.com.br/index.php/nao-somos-somos-uma-republicasomos-o-imperio-da-globo/).
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