Serra e Campos (Campos promete ao privatista tucano que "dá para fazer mais")
Por Luis Nassif
O governador Eduardo Campos é uma certeza cercada de inúmeras incógnitas.
A certeza é sobre sua capacidade de gestor. Provavelmente, é o melhor gestor que apareceu na política brasileira em muitos anos.
Mas não basta.
As incógnitas são de outra ordem.
Por exemplo, em relação à sua abertura para acolher sugestões externas e formas de participação, encanta empresários, porque é aberto para o meio empresarial. E para os demais agentes políticos?
Observadores neutros têm-no como implacável para com os adversários, um estilo que consegue sobreviver em Pernambuco, não no Brasil.
Também nada se sabe sobre seu pensamento econômico.
O governo Dilma Rousseff definiu princípios claros desenvolvimentistas e mostrou coragem para enfrentar os dogmas de mercado. É a primeira presidente da era moderna a explicitar e defender esses compromissos com unhas e dentes, rompendo com um rentismo que se iniciou com Marcilio Marques Moreira (no governo Collor), passou por FHC e Lula e só foi enfrentado na histórica reunião do COPOM, de fins de agosto de 2011.
É um ativo nacional, mesmo que as políticas mereçam críticas e possam ser aprimoradas.
Até agora, o discurso de Campos é politicamente inócuo. É a favor de governos com visão estratégica, com foco na gestão, na inovação etc. Ora, são princípios que estão acima (ou abaixo) das grandes definições programáticas. Sendo esquerda, direita, liberal ou intervencionista, qualquer governo racional irá defender a gestão, a inovação e a imortalidade da alma.
Mas o que Campos pensa sobre juros, câmbio, sobre o rentismo, sobre o Banco Central, sobre a proteção à indústria nacional ou sobre a abertura para o capital externo, sobre os “campeões nacionais” e sobre concessões? O que pensa sobre a política, as alianças, a abertura para a sociedade civil e para os movimentos populares?
Em suma, ainda há muito a se conhecer até se decifrar o candidato Campos.
FONTE: escrito por Luis Nassif em seu portal (http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/o-fator-eduardo-campos-0) [Imagem do Google adicionada por este blog ‘democracia&política’].
COMPLEMENTAÇÃO:
EDUARDO CAMPOS TEM MAIS EM COMUM COM SERRA... A PRIVATARIA DA CELPE
“O governador Eduardo Campos (PSB-PE), depois de um recente encontro com José Serra (PSDB-SP) disse ter mais coisas em comum com os tucanos do que com alguns "aliados" (até recentemente, ele se declarava aliado à Lula e a Dilma).
Uma das coisas em comum é o ex-sócio de José Serra, Gregório Preciado, casado com uma prima do tucano, que aparece com destaque no livro "A Privataria Tucana". Documento apresentado no livro, obtido da CPI do Banestado, mostra movimentações de dinheiro em paraísos fiscais, em seu nome. Coincidentemente, Preciado representou o consórcio “Guaraniana”, com espanhóis da “Iberdola”, para arrematar a CELPE (Companhia Energética de Pernambuco) no leilão de privatização do setor elétrico.
No início do ano de 1998, Eduardo Campos era Secretário de Fazenda do avô, Miguel Arraes, então governador de Pernambuco. FHC era presidente e José Serra tinha deixado o ministério do Planejamento, com as diretrizes para privatizar tudo o que pudesse ser vendido, inclusive as empresas do setor elétrico que ainda não haviam sido privatizadas.
Campos aderiu em Pernambuco à privataria, assinando a lei para privatizar a empresa de eletricidade do governo do estado, a CELPE. Além de assinar a lei, ele integrou a Comissão para conduzir o processo de venda.
Aécio, Campos e Serra
Eduardo Campos tentou, na época, uma antecipação de R$ 700 milhões pelo BNDES, antes do leilão, mas o banco não autorizou. Então, depois de não conseguir a reeleição, no apagar da luzes do mandato, o governo de Arraes revogou o decreto de privatização, para o processo de privatização voltar à estaca zero, depois de não ter conseguido antecipar os recursos no BNDES.
O sucessor no governo, Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), restaurou o decreto, e a empresa foi à leilão, tendo como único participante o referido consórcio.
Nas eleições de 2010, quando a empresa tornou-se dor de cabeça para o cidadão de Pernambuco, pelos serviços precarizados, Jarbas e Campos se enfrentaram nas urnas. Nos debates, ninguém quis assumir a paternidade da privatização da empresa. Hoje, os dois parecem ter superado a discussão, onde um começou a privatização e o outro terminou. Ambos se acertaram para subir no mesmo palanque, desde a eleição municipal de 2012.”
FONTE DA COMPLEMENTAÇÃO: blog “Os amigos do Presidente Lula” (http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2013/04/eduardo-campos-tem-mais-em-comum-com_11.html). [Imagens do Google adicionadas por este blog ‘democracia&política’].
2 comentários:
Zé Augusto é um idiota mesmo. DEVE SER COMEDOR de BOLA da Helena CHAGAS, a queridinha da DILMÁ, e da GLOBO.
Tá aí o IPI Reduzido acabando com o que resta da Economia Nordestina;
Tá aí os VETOS dos Royalties do Petróleo aos Nordestinos que custeiam a Petrobras, também;
Tá aí o ROUBO do NIÓBIO dos brasileiros e do URÂNIO dos baianos;
Tá aí um país, sem Reforma AGRÁRIA e, sem REFORMA nenhuma;
Tá aí o ROUBO da CHESF, onde estão os LUCROS da CHESF, no Vale do São Francisco??
Quem ROUBOU a CHESF dos NORDESTINOS foi LULA (+ DILMA + Erenice GUERRA + Válter CARDEAL + Guido MANTEGA) para dar ao GRINGOS da FIRJAN, CARIOCA é parasita mesmo!!
Tá aí a MP dos PORTOS pra TOMAR o PORTO de SUAPE dos pernambucanos pra DAR pros GRINGOS CARIOCAS;
Tá aí um país sem BANDA LARGA e SEM Regulação da MÍDIA;
Tá aí o ENTREGUISMO do Petróleo através dos LEILÕES;
Esse Eduardo CAMPOS é perigoso mesmo??? Ou o Zé Augusto é MALDOSO e PERVERSO??
Probus,
Admiro e até endosso o seu acirrado sentimento nordestino e brasileiro. Certamente, muitos ajustes de rumo são necessários no Brasil.
Contudo, não consigo antever um final feliz para a história de o carneiro ter se deixado cair na armadilha dos lobos (travestidos de tucanos) achando que são seus novos amigos e que eles querem o bem do rebanho.
Maria Tereza
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