Ex-presidente dos EUA
Ronald Reagan e Margaret Thatcher
“Margaret Thatcher, antiga primeira-ministra do
Reino Unido, morreu nesta segunda-feira (8), aos 87 anos. Ela liderou o governo
britânico pelo Partido Conservador de 1979 a 1990, em plena Guerra Fria, e
defendeu arduamente medidas neoliberais em um contexto dominado pela Doutrina
Reagan, do ex-presidente dos EUA Donald Reagan, em que foram intensificadas as
medidas imperialistas para combater a influência da União Soviética no mundo.
Uma
das principais aliadas do ex-presidente Reagan, Margaret Thatcher ficou
conhecida como "dama de ferro" e compôs a chamada "era
Thatcher-Reagan", a partir do início dos anos 1980, implementando
políticas neoliberais durante o período político-financeiro em que o
imperialismo mais se estabeleceu.
Durante a Guerra Fria, Reagan desencadeou o processo armamentista mais virulento, investindo no desenvolvimento de equipamentos bélicos e mísseis como os "cruise", que foram adaptados pelos EUA para transportar ogivas nucleares, em quatro modelos diferentes.
Em sintonia com a Doutrina Reagan, que durou menos de uma década mas que foi a peça central da política internacional da época, o governo de Margaret pronunciou-se contra a União Soviética juntamente com o presidente estadunidense, que fez um discurso no parlamento britânico em 1982.
Outro exemplo da parceria Thatcher-Reagan foi quando, em abril de 1986, os EUA lançaram uma série de ataques aéreos contra a Líbia, desde bases aéreas britânicas, com a permissão de Margaret. Ela afirmou estar apoiando o direito dos EUA de "se autodefender" (assim como o primeiro-ministro britânico Tony Blair faria [se "autodefendendo"] duas décadas depois, quando o presidente estadunidense George W. Bush resolveu invadir o Iraque).
Antes disso, Margaret empenhou-se em medidas que via como esforços pela "revitalização nacional britânica", e investiu contra a Argentina na neocolonialista Guerra das Malvinas, em 1982, o que lhe garantiu a reeleição no ano seguinte. No plano econômico, logo após a Crise do Petróleo de 1979, ela empenhou-se pela desregulamentação do setor financeiro, na precarização (chamada de "flexibilização") do mercado de trabalho e na privatização de empresas estatais.
Com essa linha de pensamento, desde que foi eleita líder do Partido Conservador, em 1975, as políticas defendidas pelo partido foram enquadradas no denominado "Thatcherismo".
O apelido de "dama de ferro" dado a Margaret também foi resultado do atentado à bomba ao qual sobreviveu em 1984, atribuído a republicanos irlandeses, já que Margaret defendia a soberania do Reino Unido sobre a Irlanda. Além disso, em 1984, também reprimiu com dureza as greves organizadas pelos mineiros britânicos, em contexto de relevantes conflitos sociais no Reino Unido.
Ao Brasil, a "dama de ferro" chegou a sugerir à ditadura em fase final a venda das empresas estatais e até da Amazônia, para cobrir as dívidas internacionais.
O legado Reagan-Thatcher estabeleceu as bases para o "Consenso de Washington" [que aqui veio a ser seguido e idolatrado pelo governo FHC/PSDB], formulado oficialmente em 1989 e assentado nas instituições financeiras de um capitalismo imperialista: o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial, em que tecnocratas financeiros dessas instituições ditaram as políticas socioeconômicas de diversos países, especialmente na América Latina, dominada por ditaduras patrocinadas pelos EUA.
Reagan e Thatcher chegaram a ser apelidados pela mídia estadunidense da época de 'almas-gêmeas políticas'."
FONTE: da redação do portal “Vermelho” (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=210360&id_secao=9). [Trecho entre colchetes adicionado por este blog `democracia&política`].
Durante a Guerra Fria, Reagan desencadeou o processo armamentista mais virulento, investindo no desenvolvimento de equipamentos bélicos e mísseis como os "cruise", que foram adaptados pelos EUA para transportar ogivas nucleares, em quatro modelos diferentes.
Em sintonia com a Doutrina Reagan, que durou menos de uma década mas que foi a peça central da política internacional da época, o governo de Margaret pronunciou-se contra a União Soviética juntamente com o presidente estadunidense, que fez um discurso no parlamento britânico em 1982.
Outro exemplo da parceria Thatcher-Reagan foi quando, em abril de 1986, os EUA lançaram uma série de ataques aéreos contra a Líbia, desde bases aéreas britânicas, com a permissão de Margaret. Ela afirmou estar apoiando o direito dos EUA de "se autodefender" (assim como o primeiro-ministro britânico Tony Blair faria [se "autodefendendo"] duas décadas depois, quando o presidente estadunidense George W. Bush resolveu invadir o Iraque).
Antes disso, Margaret empenhou-se em medidas que via como esforços pela "revitalização nacional britânica", e investiu contra a Argentina na neocolonialista Guerra das Malvinas, em 1982, o que lhe garantiu a reeleição no ano seguinte. No plano econômico, logo após a Crise do Petróleo de 1979, ela empenhou-se pela desregulamentação do setor financeiro, na precarização (chamada de "flexibilização") do mercado de trabalho e na privatização de empresas estatais.
Com essa linha de pensamento, desde que foi eleita líder do Partido Conservador, em 1975, as políticas defendidas pelo partido foram enquadradas no denominado "Thatcherismo".
O apelido de "dama de ferro" dado a Margaret também foi resultado do atentado à bomba ao qual sobreviveu em 1984, atribuído a republicanos irlandeses, já que Margaret defendia a soberania do Reino Unido sobre a Irlanda. Além disso, em 1984, também reprimiu com dureza as greves organizadas pelos mineiros britânicos, em contexto de relevantes conflitos sociais no Reino Unido.
Ao Brasil, a "dama de ferro" chegou a sugerir à ditadura em fase final a venda das empresas estatais e até da Amazônia, para cobrir as dívidas internacionais.
O legado Reagan-Thatcher estabeleceu as bases para o "Consenso de Washington" [que aqui veio a ser seguido e idolatrado pelo governo FHC/PSDB], formulado oficialmente em 1989 e assentado nas instituições financeiras de um capitalismo imperialista: o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial, em que tecnocratas financeiros dessas instituições ditaram as políticas socioeconômicas de diversos países, especialmente na América Latina, dominada por ditaduras patrocinadas pelos EUA.
Reagan e Thatcher chegaram a ser apelidados pela mídia estadunidense da época de 'almas-gêmeas políticas'."
FONTE: da redação do portal “Vermelho” (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=210360&id_secao=9). [Trecho entre colchetes adicionado por este blog `democracia&política`].
2 comentários:
Oi Maria tereza, nem vou falar de Maggie, já destilei meu rancor ontem.
Não sei se você viu estas fotos, se não você não viu, vos digo, você vai arder nos nervos.
"Em visita ao Gold Vault, Rainha faz perguntas aos funcionários do Banco da Inglaterra sobre a crise financeira"
http://www.ibtimes.com/visit-gold-vault-queen-questions-bank-england-officials-financial-crisis-938497
Probus,
Não as havia visto. Realmente, são afrontosas.
Maria Tereza
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